Hoje vou abordar uma nova temática, a dos bonecos da nossa infância. Ora aqui o Rei dos Contentores, quando era puto tinha o quarto cheio de "balhana" pra lá espalhada, como a mais comum das crianças, desde carrinhos, pistolas, bolas ou bonecos. E também como a mais comum das criancinhas, eu tinha os meus preferidos, os que mais gozo me dava brincar. Perguntam vocês dois: - E quais eram? E eu respondo: - Os Playmobil claro!! Pois é meus caros, os Playmobil eram (e ainda são) muito à frente. Havia para todos os gostos e feitios, desde indios e cowboys, policias, pilotos de carros e helicópetros, and so on, and so on...
Um destes dias, numa fase mais nostálgica, numa daquelas conversas desenquadradas da realidade que tenho com uma amiga, reparámos que existiam todos os tipos de playmobil, engenheiros, agricultores, músicos e numa pesquisa posterior que fiz até encontrei uma freira playmobil!! Com a breca, quem é que vai comprar uma freira para brincar? Fiquei mesmo convencido, aqueles gajos têm toda a gente em playmobil. Estava redondamente enganado e pudémos comprova-lo, os sacanas dos alemães (porque a playmobil é alemã) esqueceram-se do Cigano! Não há o playmobil cigano meus amigos! Pensámos nós: - Que lacuna!
Não haver playmobil cigano é defraudar as espectativas dos pais, que compram os bonecos para os seus filhos começarem a inteirar-se da sociedade em que vivemos e não conhecerem os ciganos é uma falha com repercurssões enormes.
Hoje em dia se os putos virem uma carroça com 27 manfios lá em cima dizem:
- Papá, papá olha o leiteiro.
- Não filho, não é o leiteiro.
- Papá, papá olha aquele senhor que anda a acartar erva e palha para dar aos coelhinhos, vaquinhas e ovelhinhas.
- Não meu filho, não é esse senhor.
- Papá, papá olha lenhador.
- Não filho, não é o lenhador.
- Então quem é papá?
- São ciganos meu filho.
- Ci.. quê papá?
E depois como é que um gajo vai explicar ao puto o que é um cigano??



O verão está aí, a chuva e o frio deram lugar ao sol e ao calor, os pensamentos estão postos nas tardes na esplanada, nos belos sábados de praia, enfim... uns fins de semana sossegados a aproveitar estes primeiros dias de sol a valer. Pois, era bom não era? Era, era não fossem os famosos casamentos! É nesta altura que todos se decidem casar e lá se vãos os sábados de praia, em vez disso são sábados de sauna dentro do fato e com o pescoçinho apertado pela gravata. São 2 e 3 casamentos seguidos, uma autêntica romaria. As mulheres comem pouco para não engordarem e reparam umas nas outras, os homens embebedam-se e reparam nas mulheres dos outros... típico! Sempre tarde e a más horas vem a paparoca, com pratos de designação estranha que acabam sempre por ser carne com arroz e batatas (a m.... é a mesma, o nome é que vai mudando), acompanhados pela vinhaça do costume. Depois chega a hora da gula, onde todos assaltam a mesa do marisco como se de ouro se tratasse, é vê-los a encher o prato de gambas e sapateira como se necessitassem de marisco para sobreviver até ao próximo casamento. O portuga é assim, tudo à grande!

